terça-feira, 9 de junho de 2009

Hospedagem

Como alguns já vão sabendo, a nossa odisseia já foi carimbada por três hospedarias diferentes, a saber:
• Roça das Mangueiras – Ilha do Mussulo (4 noites sozinho e 1 com a Mariana)
• Hospedaria Bunker – Ilha de Luanda (15 noites)
• Hotel Trópico – Centro de Luanda, mais propriamente Kinaxixi (15 noites)
Vou tentar agora efectuar, com a maior brevidade possível, uma descrição de cada um destas casas de descanso

Roça das Mangueiras (a.k.a., “Resort” do Mussulo)
Resort ao melhor estilo Angolano, isto é, espaço muito engraçado mas a comodidade a roçar os mínimos olímpicos. Quer com isto dizer que o quarto apesar de ter umas dimensões generosas, obrigava todos os dias antes de nos deitarmos a alguma actividade física (atenção, nada de piadas), refiro-me à caça da melga, uma vez que estas teimavam em descansar juntamente connosco.
Pequeno almoço simpático, junto da piscina do “Resort” e no meio das palmeiras, muito engraçada. Na eficiência do serviço estava mais uma vez espelhada a escola de hotelaria de Luanda, dou como exemplo o dia em que sozinho a tomar o pequeno almoço (penso mesmo que sozinho no hotel), pedi um copo de sumo e o empregado agradeceu o meu pedido (espante-se) e saiu, voltou pouco depois com um reservatório de 10 litros para junto das mesas, onde despejou um pacote de 1 litro de sumo. Após terminada esta tarefa (que demorou cerca de 20 minutos) foi orgulhosamente encher o que seria o meu copo no reservatório de 20 litros. Está criada uma nova escola de pensamento filosófico, act without thinking. Mas penso que estes pequenos mimos fazem parte da nossa aventura, nomeadamente a osga que avistámos com uma barata na boca, cenário que se confundia com um programa do National Geographic, em que um crocodilo come um veado.
Hospedaria Bunker
Curioso o nome, Bunker, mas mais curioso do que o nome é o hotel em si, uma pérola de África. Situado na “paradisíaca” ilha de Luanda o hotel encontrava-se num importante pólo comercial da cidade, comércio do Peixe (!!!), pois o local de descarga do peixe e venda ás varinas/peixeiras era feito do lado de lá da rua. Esta situação originava situações tão engraçadas como assistir ás ditas peixeiras com um filho pendurado nas costas e um balde de 30 kls na cabeça a entrar pela mala de uma Toyota Hyace, por cima das cabeças umas das outras, enfim, um espectáculo digno de ver, quais Cirque du Soleil quais quê.
O quarto, sem janelas, facto que nos primeiros dias nem demos importância, até por que nos “protegia”da confusão do exterior, ao fim de alguns dias tornou-se insuportável. Foi nessa altura que começámos a perder alguma da nossa pouca lucidez (ehehhe).
A vizinhança do “hotel” (peço desculpa pela excessiva utilização das aspas, mas aqui tudo precisa de umas aspas, é difícil evitar) era constituída essencialmente por homens estrangeiros, daqueles que não viam a mulher à demasiados meses ….

Mas enfim, tirando isto o hotel até não era mau. Hehehe
Nota: O nome foi dado por nós, uma vez que nada identificava este pólo turístico de Luanda

Hotel Sinistro
Este foi o hotel que precipitou a nossa mudança para o Hotel Trópico, não se encontra referido na listagem inicial porque nunca chegámos a pernoitar nele, os 5 segundos que tivemos lá dentro bastaram para perceber que estávamos ir longe de mais, ie, baixo de mais. Retirámo-nos com a educação que nos é característica e fomos em busca de um novo hotel.
Depois de um sábado inteiro à procura, já no final do dia em desespero de causa ligámos para o Trópico onde nos dizem que têm vagas para 1 semana. Então, 1 semana será.

Hotel Trópico
Meu já bem conhecido hotel, onde a maioria já me conhece a Mariana teve o descanso que já merecia, naquela que foi a sua última semana antes de iniciar a nova actividade. Aqui sim, vingou-se, no primeiro dia foi vê-la em massagens, piscina, jacuzzi, ginásio, etc. no fundo, tirar a barriga de misérias, isto tudo enquanto o escravo trabalhava. Esta é a nossa morada até à data e assim deve permanecer até que mudemos de casa, o que se espera para muito breve, assim como se esperava à cerca de 1 mês.


Espero que a descrição não tenha chegado ao estilo Queirosiano, se bem que os pormenores são tantos que parece que falta sempre dizer mais qualquer coisa.


Um bem haja para todos,

Saudações Angolanas

1 comentário:

  1. Hahaha Que mimo!!!

    O que é isto dos Angolanizados estarem no "Resort & Spa Trópico" perde a graça toda!!! É muito mais giro ver o National Geographic ao vivo e a cores!

    Espero que estejam a adorar esta vossa experiência!

    Muitos Beijinhooooooos aos Angolanizados que eu adoro!!!

    Carocha

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